Depois de 17 meses sem redução, o banco público diminuiu até 1,25 ponto porcentual da taxa anual. Com isso, igualando seus juros aos praticados pelos bancos particulares. Por outro lado, agora que o banco público tenta recuperar sua participação no mercado com taxas menores, o setor privado não deve abrir mão facilmente da fatia conquistada.
Foi preciso menos de uma semana para que surgisse a primeira resposta ao movimento da Caixa, que passou suas taxas mínimas de 10,25% para 9% ao ano no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 11,25% para 10% no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
O banco Santander anunciou então uma redução na taxa de 9,49% ao ano para 8,99% no SFH, e de 9,99% para 9,49% pela Carteira Hipotecária, sistema semelhante ao SFI. No mesmo mês, o Bradesco diminuiu os juros de 9,3% para 8,85% ao ano do SFH, e de 9,7% para 9,3% ao ano no SFI. Já no Itaú, as taxas continuaram as mesmas, a partir de 9% ao ano para SFH, e 9,5% para SFI.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a competição no ramo pode render grandes economias para quem pretende financiar um imóvel. O Banco Central indica um panorama sobre a baixa do crédito imobiliário. Em um ano, a taxa média do mercado para financiamentos imobiliários caiu 3,7 pontos porcentuais, saindo de 14,5% ao ano em março de 2017, para 10,8% no mesmo mês de 2018.
Para se ter ideia, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), cada ponto de redução do financiamento imobiliário impacta com a redução de 10% no montante final a ser desembolsado com o crédito. Esse porcentual tende a crescer conforme o tempo para quitação da dívida.