Realizar o sonho de ter seu próprio imóvel pode ser mais fácil do que se pensa. Hoje, o mercado oferece diversos tipos de opções e prazos para adquirir um imóvel. Isso vale, principalmente, para o planejamento financeiro.
Apesar do financiamento ainda ser a modalidade de pagamento mais popular, não é a única. Preparamos essa postagem justamente para falar de outra opção que cresce cada vez mais no Brasil: o consórcio imobiliário.
Agora, você sabe como um consórcio imobiliário funciona? Acompanhe o post para saber:
-? O que é um consórcio imobiliário
-? Dados relevantes que comprovam que o consórcio imobiliário cresce no país
-? As facilidades que ele proporciona ao ajudá-lo na aquisição do imóvel dos seus sonhos
O que é um Consórcio e para o que ele serve?
O consórcio é uma modalidade de compra. Basicamente, ele se baseia na união de pessoas, sejam físicas ou jurídicas, com a finalidade de formar poupança para a aquisição de bens. A formação desses grupos é feita por uma administradora de consórcios, sempre autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil.
A modalidade surgiu no início da década de 1960. Com o crescimento da indústria automobilística no Brasil, faltava a oferta de crédito para o consumidor final. Os funcionários de um banco, então, formaram um grupo com o objetivo de juntar dinheiro para aquisição de automóveis. Isso resultou na formação do primeiro consórcio!
Nesse sistema, o valor do bem é diluído em um prazo, e todos os integrantes do grupo contribuem ao longo desse período. A contribuição pode ser mensal, ou conforme estipulada no contrato do consórcio. A administradora, então, por sorteio ou lance, dá o valor do crédito ou do bem contratado, até que todos sejam atendidos.
No consórcio imobiliário é a mesma coisa. Um grupo é formado e o valor do bem é diluído em um prazo. Nesse tempo, todos os integrantes contribuem e quando alcançado o valor do bem, ele é sorteado para um dos integrantes do grupo. Isso ocorre até que todos do grupo sejam sorteados ou tenham seu próprio imóvel.
Número de adesões ao consórcio de imóveis no Brasil cresce no 1º semestre de 2019
O consórcio de imóveis está em alta no país. Isso porque essa modalidade de investimento funciona como uma alternativa para o tradicional financiamento imobiliário. Mais de 37 mil participantes foram contemplados com imóveis no 1º semestre de 2019.
Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), a procura por cotas do segmento imobiliário cresceu mais de 20% no início de 2019. O que indica a possibilidade dos consórcios imobiliários atingirem um milhão de participantes ativos no País.
Entre janeiro e junho deste ano, foram mais de 124,25 mil adesões. O tíquete médio do consórcio de imóveis, em junho, registrou o segundo mais alto índice de todo o sistema de consórcios, com um valor de R$ 149,28 mil reais.
Os valores disponibilizados em créditos aos consorciados totalizam R$ 3,77 bilhões de reais. Todo esse dinheiro foi potencialmente injetado no mercado imobiliário. Em outras palavras, há um crescimento frequente da adesão aos consórcios imobiliários, um alto número de pessoas sendo contempladas e um montante exorbitante de dinheiro sendo colocado no mercado, o que mostra um aquecimento no setor.
Como o consórcio imobiliário pode ajudar na realização do sonho do imóvel ou terreno próprio?
A finalidade do consórcio, assim como a do financiamento, é a de obter recursos para adquirir um bem. Os métodos do consórcio, contudo, tem algumas diferenças com relação a outras modalidades de aquisição de crédito.
# Tempo
A principal diferença com relação a um financiamento, por exemplo, é o tempo. O comprador que adere a um consórcio terá que aguardar para ter seu próprio imóvel. Não há uma previsão de data em que o recurso ficará disponível para compra do imóvel.
No financiamento o cliente toma recursos do banco e depois paga-os de volta com juros. É um método individual e direto, e que traz riscos enormes pelo alto valor dos juros.
Já no consórcio, o grupo faz contribuições mensais, determinando o número de cartas de crédito que serão disponibilizadas por mês. Isso viabiliza o sonho da casa própria para cada membro, mas apenas um por vez, isso porque não há verba disponível para todo mundo ao mesmo tempo.
A vantagem é justamente a viabilidade e a diversidade de prazos para pagamentos e a flexibilidade do uso do crédito. Isso proporciona aos participantes do consórcio uma possibilidade real de obter crédito e até mesmo poder de compra à vista, sem os custos dos juros bancários.
# Orçamento planejado
No financiamento, as parcelas podem ultrapassar o valor da renda familiar, no consórcio imobiliário isso pode ser ajustado. As cotas costumam ser de valores que cabem no orçamento. O que, por sua vez, torna o consórcio uma opção válida de planejamento a longo prazo.
Além de flexível, ela permite o uso dos recursos para diversas finalidades. A carta de crédito pode permitir a aquisição de imóveis, terrenos, ou até mesmo reformas. Também, pode ser empregada para a quitação do financiamento imobiliário.
Contudo, é preciso ter em mente que o dinheiro deverá ser gasto com aquilo que foi planejado. Ou seja, não adianta pagar as cotas mensalmente e reverte o valor para algo que não estava nos planos.
# Taxas e Juros
Outro ponto importante a se considerar são as taxas e os juros colocados sobre as modalidades de obtenção de recursos. O consórcio desponta como uma ótima forma de poupar.
Os juros são menores que os do financiamento, e as parcelas – como já dito no item anterior – são planejadas para caberem no orçamento familiar. O consórcio imobiliário, assim, é feito para ter um custo financeiro menor.
Os clientes pagam a taxa de administração no consórcio imobiliário durante todo o período do contrato. Já no financiamento, as taxas são pagas de forma anual.
Em uma situação hipotética, a porcentagem de 12% até 22% que se pagaria em um consórcio, deverá ser paga em 60 meses. Porém, em um financiamento, aproximadamente 9,5% de taxa média deveria ser paga em apenas um ano.
Assim, fique sempre atento e procure uma imobiliária que tenha um bom portfólio. Além de, claro, buscar informações sobre as administradoras junto ao Banco Central.