A retomada do mercado imobiliário é evidente. Dados de pesquisas recentes assumem que as vendas do setor estão em crescimento constante. Outra novidade é a equivalência de preços entre os dois tipos de categorias de imóveis mais procuradas. Os novos e os usados.
Diversos fatores influenciaram essa conclusão, baseada em uma pesquisa do FipeZap. Quer saber mais sobre os dois tipos de imóveis e como o mercado apresenta condições ótimas para investimentos?
Neste texto você aprenderá:
-? Os comportamentos de ambos nos anos recentes
-? Dados sobre a equivalência de preços
-? Como as estratégias de mercado influenciam no preço
-? O momento ideal para investimentos
Comportamentos Diferentes – A crise de anos atrás reflete no preço dos imóveis hoje
Comprar ou vender imóveis ficou mais simples com o passar do anos. Segundo perspectivas do Departamento de Economia e Estatística do Secovi – SP, entre junho de 2018 e junho de 2019, houve um aumento de 176% no total de residências novas comercializadas.
Somente esse dado, por si, já ilustra a expectativa para o restante de 2019. Essa retomada é uma vitória para o setor imobiliário que, desde 2008, sofria com o preço das casas e apartamentos. Tudo graças a famosa crise econômica que se alastrou por diversos setores da economia nacional.
Contudo o comportamento do mercado mudou. Se em 2008 a situação era caótica, em 2014 o valor do metro quadrado dos imóveis começou a tomar um padrão diferenciado.
Enquanto o metro quadrado dos imóveis novos ficou cada vez mais barato, o metro quadrado dos imóveis usados ficou um pouco mais caro. O resultado foi que a diferença de preço, que costumava existir entre essas duas categorias de imóveis, praticamente sumiu.
Dados do Mercado – Como os preços passam a ser equivalentes
Todo esse comportamento pode ser ilustrado em dados. Segundo pesquisa elaborada pelo próprio Grupo Zap – dono dos sites de anúncios imobiliários Zap e Viva Real – a conduta dos imóveis foi oposta.
Entre 2014 e 2019, o valor médio do metro quadrado dos imóveis usados subiu, aproximadamente, 12,2%. Enquanto o valor médio do metro quadrado dos imóveis novos – aqueles vendidos diretamente pelas construtoras – permaneceu em queda de 20,2%.
Para se ter uma ideia, a média de diferença entre o metro quadrado de um imóvel novo e um usado, no ano de 2014, era de 33%. Isso equivale a um preço de 11.838 reais para o metro quadrado do imóvel novo e 7.922 reais para o usado.
Já em 2019, essa diferença da média dos preços do metro quadrado caiu para 6%. Em outras palavras, o imóvel novo teve seu preço do metro quadrado reduzido para 9.451 reais, enquanto o metro quadrado do usado subiu para 8.888 reais.
Tudo isso, claro, levando em consideração os preços médios praticados no primeiro semestre de cada ano. Esse recorde, apesar de exclusivo para São Paulo, não deixa de refletir uma tendência para outros centros urbanos.
Logística de Mercado – Estoque de venda e estratégias diferentes
A logística de mercado e fatores externos são um dos padrões decisivos para que haja essa mudança no setor imobiliário. Essa lógica pode ser entendida como direcionamento.
No caso dos empreendimentos novos, as construtoras trabalham com centenas de imóveis. Todos são novos, unidades pensadas para oferecer diversos tipos de padrões e conceitos. Um verdadeiro mercado imobiliário para o cliente final realizar suas compras.
Também, a frequência de venda das construtoras é diferente se comparada com a dos donos de imóveis usados. Diversas vendas acontecem ao mesmo tempo, o que traz essas construtoras para mais perto das tendências da economia.
Ou seja, se a demanda pelos imóveis cai, o número de imóveis encalha. Se sobrarem mais apartamentos ou casas do que o que vendem, ocorre a baixa dos preços. Já nos usados, geralmente o estoque da pessoa é apenas o imóvel que ela possui.
Portanto, o dono de uma casa só simplesmente não baixa o preço porque está difícil vender. Muitas vezes o anúncio fica em atividade durante dois ou três anos até aparecer quem compre. Em muitos casos, o dono do imóvel ainda retira o produto do mercado.
A diferença de preço entre os dois, justamente por esses detalhes de mercado, praticamente sumiu de 2014 para 2019. Hoje, quem compra um apartamento ou casa usado, pode acabar pagando mais do que um imóvel novo. Mesmo com características parecidas, como metragem, localização, quartos ou vagas de garagem.
Hora de investir! – Momento propício para completar seus planos
Definitivamente, esse é um bom momento para investimentos. É claro, esses investimentos devem ser baseados nas suas necessidades. Independentemente da aquisição de um imóvel usado ou novo.
A tendência é que os imóveis novos permaneçam com preços mais baixos durante um tempo. Mesmo com uma queda relativamente rápida nos preços, não significa que agora eles se valorizarão.
O mesmo acontece com os imóveis usados. A tendência é que sejam adquiridos para uma possível revenda, o que pode representar um bom negócio. É esperado que os preços dos usados se recuperem mais rápido por conta da “falta de estoque”.
A conclusão disso tudo é: Os preços dos imóveis estão baixos e há diversas opções no mercado, tanto de novos quanto de usados, a preços equivalentes. Portanto, esse é o momento perfeito para voltar a investir no setor ou retomar os planos adiados da aquisição de o imóvel dos sonhos.