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Vendas de imóveis no Brasil aumentam 17,3% no segundo trimestre

No mesmo trimestre de 2017, as vendas de imóveis no Brasil subiram 32,1%.

O setor reaquece! De a cordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a venda de imóveis no país cresceu 17,3% no segundo trimestre. O aumento nas vendas de imóveis no Brasil foi maior em comparação com o anterior. Os dados foram divulgados nesta semana e a CBIC considerou 21 cidades para levantar esses números.

Regiões destacadas

A região Norte é o grande destaque nas vendas de imóveis.

As regiões que mais se destacaram em vendas de imóveis no Brasil foram o Norte, com um crescimento de 40,7, em seguida vem vem o Nordeste (34,7). Já o Sudeste, conseguiu alcançar uma alta 16,4% e o Centro-Oeste, 6,7%. O único que registrou queda foi a região Sul, que apresentou queda 1,1%.
Em relação aos lançamentos de imóveis, a alta foi de 119% no segundo trimestre, comparado com o primeiro trimestre do ano.

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Diminuição de estoques

O ponto positivo é que os estoques estão diminuindo.

O resultado positivo para o mercado de venda de imóveis, foi a diminuição de estoques nos últimos três anos. Em dezembro de 2016, época apelidada em “fundo do poço” no comércio de imóveis, o estoque armazenado era de 21 meses. Após um ano, diminuiu para 17 meses. Neste levantamento da CBIC, os estoques recuaram para 12 meses.

Em entrevista para a Agência Brasil, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, as vendas são superiores que os lançamentos, porém, ainda não são o suficiente para repor o que está sendo vendido.
“Os estoques estão bem equilibrados, o que falta não é nem produto, nem demanda. Faltam mais confiança do empresário e crédito”, avalia Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC em entrevista a Agência Brasil.
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O FGTS preocupa

Segundo José Carlos, o uso do FGTS preocupa. Para ele, nos últimos anos houve uma “sangria grande de recursos” com os saques de contas inativas e a reforma trabalhista, que autorizou a demissão por acordo.

Minha Casa, Minha Vida

O programa Minha Casa, Minha Vida também é uma preocupação.

Só no primeiro semestre de 2018, 40% das vendas na cidade de São Paulo aconteceram por causa do programa Minha Casa, Minha Vida.
Petrucci ressaltou a alta procura habitacional para a primeira moradia no Brasil e informou ainda que não crê que algum dia esse programa será suspenso, já que é uma ação de política de estado. “O programa é uma política de estado, não vejo condição de nenhum eleito propor redução”, disse para a Agência Brasil.
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“É muito difícil ouvir falar, desde 2009, de um empreendimento [do Minha Casa, Minha Vida] que não tenha dado certo”, afirmou. “Isso reforça a importância do programa, é importante que não sofra descontinuidade”, completou.
A previsão da CBIC para o acumulado até o fim de 2018, em comparação com 2017, é um aumento de 5 a 10% nos lançamentos de imóveis e alta de 10 a 20% nas vendas de imóveis no Brasil.