Quem vive de aluguel ou tem um parcelamento, já deve saber que todo ano acontece um reajuste no valor da mensalidade. Geralmente, essa mudança é realizada por meio de um indicador chamado de Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
Apesar de ser vista de modo simplificado por alguns, para muitos a sigla ainda parece um pouco complicada, principalmente, na hora de fazer o cálculo. Então, para sanar de uma vez por todas essas dúvidas, criamos este post.
Aqui, você descobrirá o que é IGP-M, qual a sua influência sobre o aluguel e como fazer o cálculo de um jeito muito prático. Confira!
Entenda o que é e como funciona o IGP-M
O IGP-M é calculado todo mês pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para isso, são registrados os movimentos dos preços de matérias-primas aplicadas nos ramos agrícola, industrial e, até mesmo, de serviços. Todos esses valores são usados para calcular os reajustes de tarifas que são pagas mensalmente.
Bons exemplos são as contas de energia elétrica, os contratos de aluguel e os parcelamentos de imóveis prontos. Em outras palavras, o IGP-M é responsável por medir a inflação do país, ou seja, as oscilações de preços de diversos elementos.
Além disso, esse índice é extremamente importante para quem deseja fazer novos investimentos, de curto ou de longo prazos.
Descubra como o IGP-M interfere no valor dos aluguéis
É comum que o IGP-M seja aplicado pelo proprietário do imóvel para corrigir o valor das parcelas mensais, de acordo com a taxa do ano anterior. Quer um exemplo? Se em 2016, um aluguel custava R$ 2 mil, em 2017, a tendência é que o valor tenha subido em 7,17%. O resultado, é um preço reajustado para R$ 2.071,70.
De acordo com dados da FGV, em 2017, o IPG-M apresentou variação de 0,20% no mês de outubro. Em comparação ao ano passado, o indicador teve uma queda de 1,91%. Já nos últimos 12 meses, o índice apresentou uma baixa total de 1,45%. Sem dúvida, tais dados serão muito importantes no reajuste para as mensalidades de 2018.
Além do aluguel, há outras contas que podem sofrer reajustes com base nesse indicador. Entre elas estão os planos de saúde, a energia elétrica, os seguros e as mensalidades escolares (nos diferentes níveis de ensino).
Aprenda a calcular o reajuste do aluguel
Agora que você já sabe o que é IGP-M, é a hora de aprender a calculá-lo! Antes de tudo, é preciso entender que o índice é o resultado da combinação de outros três indicadores: o Índice de Preços por Atacado (IPA-M), o Índice de
Preços ao Consumidor (IPC-M) e o Índice de Custo da Construção (INCC-M). Conheça abaixo um pouco mais sobre cada um deles:
IPA-M
O IPA-M em um peso de 60% no IGP-M. Seu objetivo é acompanhar as variações do comércio atacadista e, assim, ter melhor visão do mercado e do seu impacto das vendas.
IPC-M
Esse indicador reflete um peso de 30% do IGP-M. Ele é responsável por monitorar as mudanças dos preços em áreas importantes e que têm alto poder de compra para o consumidor, como os segmentos de alimentação, saúde, vestuário e habitação.
INCC-M
Apresenta um peso de 10% do IGP-M. É obtido a partir da média calculada em sete capitais nacionais, com a finalidade de avaliar a movimentação dos valores para a construção de moradias.
Com o IPG-M em mãos, a fórmula de cálculo é a seguinte:
Valor do aluguel x (1 + IPG-M atualizado do último ano) = valor reajustado
Vamos para a prática? Se, atualmente, o seu aluguel é de R$ 2 mil e o total do IGP-M acumulado é de 12%, o valor reajustado será:
2.000 x (1 + 0,12) = R$ 2.240.
Fácil, né?
Gostou de saber o que é IGP-M e como ele influencia no mercado imobiliário? Então, deixe seu comentário no post e compartilhe suas dúvidas e opiniões!