As mulheres no mercado imobiliário ganharam posição, destaque e se consolidaram como profissionais. Elas estão com tudo: representam mais de 40% da força que impulsiona os negócios com imóveis no país.
Entre direitos, deveres e conquistas, as corretoras estão em toda parte, ocupando posições antes reservadas somente aos homens. Continue a leitura e descubra toda a força dessas profissionais!
Como a mulher pode atuar nessa área?
Elas atuam em imobiliárias, estandes de lançamentos e como autônomas. Além de trabalharem nessas frentes, as mulheres ainda participam ativamente da vida das entidades de classe ligadas à corretagem de imóveis.
Além disso, lado a lado com os homens, elas ocupam posições de grande influência em diversos dos conselhos e sindicatos de corretores: como conselheiras, diretoras, vice-presidentes e presidentes.
Trajetória das mulheres no mundo imobiliário
Por incrível que possa parecer, faz menos de 60 anos que as mulheres começaram a trabalhar como corretoras. Até 1958, elas eram proibidas, pelo Código Comercial Brasileiro, de exercer a atividade.
A partir da mudança no Código, essas profissionais passaram a escrever sua história no mercado imobiliário. Primeiro, com tímida representatividade. E ao longo do tempo, principalmente após a década de 1990, de forma mais expressiva.
Participação feminina na corretagem de imóveis
Nos dias atuais, as mulheres já totalizam mais de 40% do contingente de profissionais de corretagem do país. Essa informação foi divulgada pela Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (FENACI).
Uma pesquisa realizada pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (CRECI-RJ) mostra como elas vêm mesmo ganhando espaço. O levantamento, divulgado pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMIRJ), mostra um aumento de 122% no número de mulheres que trabalha nessa área no Rio. Essa evolução se deu em uma única década: de 2006 a 2016.
Desafios enfrentados pelas corretoras
Mesmo com tantas conquistas na bagagem, as mulheres que atuam como corretoras ainda se deparam com desafios. Dentre eles, está o fato de ter que lidar com a dupla jornada de trabalho, questão vivenciada pela maioria das trabalhadoras de todos os setores.
]Se a dupla jornada provoca sobrecarga em praticamente todas as mulheres, com as corretoras a dificuldade acaba sendo até maior. Isso porque, quando se trata de atender à clientela, restrições de dia e horário são deixadas de lado.
Afinal, inserida em um mercado altamente competitivo, essa profissional acaba tendo que adequar sua disponibilidade às necessidades dos clientes. Desse modo, não raro executa seu trabalho aos finais de semana e feriados, bem como em horários atípicos.
Quais são as vantagens de trabalhar com imóveis?
Se a dupla jornada joga contra as mulheres corretoras, os benefícios da profissão pesam a favor de quem decide fazer dos imóveis seu ganha pão. Confira, abaixo, 5 vantagens proporcionadas por esse ofício:
- possibilidade de crescer na profissão — coordenação de equipe, gerência e até mesmo cargos de direção são as carreiras que podem ser seguidas na corretagem de imóveis;
- recompensa financeira — a corretora recebe comissões sobre as transações imobiliárias das quais participa. A quantia depende do potencial da profissional, não sendo limitada;
- flexibilidade de horários e autonomia — há diversos horários nos quais uma corretora consegue exercer seu trabalho. É possível, inclusive, ser autônoma na profissão;
- a carreira abrange todas as faixas de idade — não existem restrições quanto à idade da profissional, pois o trabalho é adequado tanto às jovens como às mais experientes;
- há diferentes áreas de atuação para serem escolhidas — a corretora pode trabalhar na venda de lançamentos, imóveis novos ou usados, bem como captar e atuar em imobiliárias com locação e administração.
O que é preciso para se tornar uma corretora de imóveis?
Registrar-se no CRECI
O primeiro passo para atuar na área é obter o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI). Cada estado possui um CRECI, então é preciso verificar o órgão que funciona em determinada região. De posse dessa informação, é preciso preencher os requisitos para obter tal registro.
Dominar competências técnicas
É necessário possuir competências técnicas para se firmar na profissão de corretora de imóveis. Entre os conhecimentos determinantes do sucesso de uma corretora, desponta o uso dos principais softwares empregados no cotidiano de quem trabalha no meio imobiliário, como editores de textos, planilhas e outras ferramentas tecnológicas.
Ter afinidade com tecnologias de informação e comunicação
Em um mundo hiperconectado, impulsionado pelas tecnologias da informação e comunicação (TICs), cabe às corretoras a tarefa de se manterem atualizadas. Outro elemento fundamental da carreira é ter aptidão para explorar ao máximo os benefícios da comunicação digital.
Apresentar competências humanas
A capacidade de interagir com diferentes perfis de consumidores e com a diversidade de pessoas que há no ambiente de trabalho é um pré-requisito fundamental para o sucesso na corretagem de imóveis.
A corretora também tem que ser proativa, motivada e comprometida com suas tarefas. Simpatia e carisma ajudam (e muito!) na ascensão da profissional, que lucra ainda mais ao possuir o dom da liderança.
Ser organizada
A organização é mais um requisito indispensável a essa carreira, pois é a partir dela que a corretora consegue fazer fluir seu trabalho. É preciso gerir com eficácia sua carteira de clientes, saber em qual etapa está cada atendimento e comparecer pontualmente a todos os compromissos agendados.
Além disso, por ser muito dinâmico, o mercado imobiliário está em constate transformação. Portanto, é primordial que a profissional faça sobrar tempo para cursos, com o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre o setor imobiliário.
Ainda existe preconceito com as mulheres no mercado imobiliário?
Embora estejamos um pouco distantes da época em que as mulheres no mercado imobiliário eram vistas com desconfiança, essas profissionais acabam tendo de lidar com situações de preconceito. Um cliente pode manifestar preferência pelo atendimento de um corretor do sexo masculino, por exemplo.
Casos assim ainda acontecem, porém com uma frequência menor do que se via há algumas décadas. Ao considerar a atual posição das mulheres na corretagem de imóveis e compará-la às situações em que elas ainda sofrem preconceito, percebe-se que está havendo uma melhora no quadro.
Como as mulheres no mercado imobiliário entraram para somar, nada mais justo do que estarem em ascensão. Cientes do seu papel e de sua importância, elas não decepcionam. Desde as corretoras principiantes até as mais reconhecidas, a capacidade e a garra são marcas registradas de quem multiplica conquistas.
E você? Conhece uma corretora que sirva de exemplo para todos esses pontos abordados? Conte-nos nos comentários!